Brasileiros fluentes em inglês conseguem ganhar mais que o dobro no início da carreira

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No ranking de proficiência com 112 países, o Brasil fica na posição 60. Profissional com diploma de curso superior recebe 65% a mais se tiver fluência na língua e, se for diretor, 90% a mais.

Na hora de procurar uma vaga de emprego, o domínio do inglês faz falta.

A periferia de uma grande cidade brasileira é o lugar de onde o empresário Gustavo Fuga dos Reis veio e para onde ele quis voltar. Aluno de escola pública, Gustavo só descobriu que a importância do inglês quando fez falta. Ele quer mudar essa história com um modelo de negócio que torna acessível o ensino da língua.

“É um negócio de impacto porque, mais do que ensinar inglês, a gente acredita que, se a gente dá a oportunidade para as pessoas que mais precisam, elas mudam o mundo”, explica o fundador da 4YOU2.

Na prova de inglês, a população brasileira vai mal. No ranking de proficiência com 112 países, o Brasil fica na posição 60, atrás da Argentina (30º), e do Chile (47º), e muito distantes de Portugal (7°), país que também fala português.

O inglês é a língua dos ricos ou muito ricos no Brasil, o que, segundo educadores, é resultado de uma história de erros de política pública.

A visão de que o inglês é essencial é da época do Império, 1809, mas, no começo dos anos 1960, o ensino de um segundo idioma deixou de ser obrigatório e foi assim por três décadas.

Ainda que, em 1996, o inglês tenha voltado para a grade curricular, especialistas dizem que ainda não temos um método eficiente de ensino acessível a todos. Ficar de fora de um mercado cada vez mais global é o preço que o país paga.

“Verdade seja dita, o Brasil nunca lecionou bem a segunda língua, porque nós não temos professores em número suficiente, e nós também não desenvolvemos metodologias que estruturem a política pública de ensino de língua estrangeira. Estamos muito atrasados, mas a boa notícia é que isso dá para ser revertido. Existem várias alternativas, metodologias novas, muitas ideias que surgiram no ensino de idiomas que podem ser aproveitadas pelo país”, ressalta o professor Daniel Cara, da Faculdade de Educação da USP.

Quem fala a língua dos recrutadores sai na frente. Dados de uma agência de recrutamento revelam que o estagiário ou o trainee com inglês fluente ganha mais que o dobro do que o colega de função com inglês básico. Profissionais com diploma de curso superior recebem 65% a mais e, se for diretor, 90% a mais.

“As empresas buscam os profissionais que tenham a capacidade técnica para fazer aquela função e que também consigam se comunicar com os outros países e com os profissionais que estão alocados em outros países, especialmente no trabalho remoto, e isso exige que o inglês faça parte dos requisitos das vagas que são publicadas”, afirma Fernando Morette, presidente da Catho.

O mais jovem editor de um site americano de tecnologia alcançou um lugar no mercado internacional sem sair do Paraná.

“Se eu for comparar com um cargo parecido aqui no Brasil, o salário comparado com a cotação, chega a ser cinco, seis vezes maior do que uma pessoa, no mesmo cargo que eu, ganha aqui no Brasil. Se eu não tivesse um domínio da língua para escrever os textos, eu não conseguiria ter esse trabalho que eu faço hoje”, diz Filipe Espósito.

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150g salted butter, softened 80g light brown muscovado sugar 80g granulated sugar 2 tsp vanilla extract 1 large egg 225g plain flour 1/2 tsp bicarbonate

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